18 setembro 2015

Categoria: Notícias
18 setembro 2015,
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A nutricionista esportiva e fisiculturista Caroline Grillo optou pela aplicação de botox no couro cabeludo para não transpirar na cabeça durante o treino e manter a escova por mais tempo (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)

A nutricionista esportiva e fisiculturista Caroline Grillo optou pela aplicação de botox no couro cabeludo para não transpirar na cabeça durante o treino e manter a escova por mais tempo (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)

Quando a nutricionista esportiva Caroline Grillo, de 30 anos, descobriu que havia uma maneira de sair de um treino intenso na academia com a escova intacta, quis logo aplicar a técnica. A injeção de toxina botulínica no couro cabeludo vem sendo usada, principalmente nos Estados Unidos, para evitar que as mulheres suem na região durante a prática de atividades físicas, mantendo o penteado mesmo depois da academia.

Além do uso estético para evitar rugas, o botox tem várias aplicações terapêuticas, entre elas o tratamento do suor excessivo, condição chamada de hiperidrose.  Para esse fim, é comum a aplicação nas mãos, pés ou axilas.

No caso de pessoas com suor excessivo na cabeça – principalmente mulheres de 39 a 50 anos que sofrem de alterações hormonais provocadas pela menopausa – o produto pode ser aplicado no couro cabeludo. Mais recentemente, o procedimento passou a ser solicitado por mulheres que não têm hiperidrose, mas que querem evitar o suor na cabeça durante a prática de atividades físicas. O objetivo é manter o penteado intacto.

A dermatologista Carla Góes conta que a moda começou nos Estados Unidos, onde médicos passaram a aplicar o botox em mulheres que iam direto da academia para o trabalho e não queriam desmanchar o cabelo. Lá, a técnica é chamada de scalp botox. “Começou esse buchicho e no último congresso internacional os colegas apresentaram casuísticas de aplicação de botox no couro cabeludo com esse propósito.”

Caroline se submete a procedimento de aplicação de toxina botulínica na cabeça (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)Caroline se submete a procedimento de aplicação de toxina botulínica na cabeça (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)

Carla diz que tem feito várias aplicações de botox com esse propósito em seu consultório. Caroline Grillo é uma de suas pacientes. A nutricionista diz que ouviu falar da técnica por meio de uma amiga que vive nos Estados Unidos.

Além de ser nutricionista esportiva, ela também é atleta de fisiculturismo e sofria por ter de lavar o cabelo todos os dias depois da academia, antes de ir para seu consultório. “Me incomodava muito porque a escova não durava, estava sempre descabelada. Agora o cabelo fica mais ajeitado. Eu suo no treino, mas não na cabeça. Fica mais prático para o dia a dia.” Ela fez o procedimento pela primeira vez há cerca de 6 meses e repetiu a aplicação esta semana.

A nutricionista esportiva e fisiculturista Caroline Grillo optou pela aplicação de botox no couro cabeludo para não suar na cabeça durante o treino e manter a escova por mais tempo (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)Caroline Grillo, que optou pela aplicação de botox no couro cabeludo para não suar na cabeça, durante treino em academia (Foto: Caroline Grillo/Arquivo pessoal)

A toxina botulínica inibe o suor ao diminuir a atividade das glândulas sudoríparas. O produto é injetado na região em que se quer evitar o suor, com aplicações a cada 2 cm. O efeito no couro cabeludo dura por volta de 7 meses. Para o tratamento no couro cabeludo geralmente são necessárias 7 picadas na região perto da nuca e outras 6 na região perto da testa, de acordo com Carla. O preço da aplicação pode variar bastante, segundo a médica: de R$ 1500 até R$ 2.800.

A dermatologista Márcia Purceli observa que que é preciso estar atento na hora de escolher o profissional para fazer a aplicação de botox. “Quem está habilitado para fazer esse tipo de tratamento são os dermatologistas, que vão aplicar na medida certa e a sudorese melhora bastante.”

Grávidas, lactantes, portadoras de doenças neuromusculares, pessoas que usam medicamentos como anticoagulantes ou que têm infecções de pele no local da aplicação não devem recorrer a esse tipo de tratamento.

Fonte: Bem Estar

 

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